Hoje é o dia primeiro dia do SXSW, simplesmente o maior e mais respeitado evento do mundo quando o assunto é inovação e tecnologia.
Piero Franceschi, sócio da StartSe, está em Austin (Texas), e vai acompanhar todos os sinais de futuro que nascem por lá.
Enquanto o evento acontece, você pode conferir em tempo real, no Instagram do Piero, o que ele vê de insight e de mais relevante. Já abre o Instagram e segue ele por lá: @pierofranceschi
E logo abaixo uma lista de assuntos que você não deveria ignorar:
Tem nova IA surgindo na China;
Tem spoiler sobre o papo entre Junior Borneli e David Vélez que inaugura o canal Entrelinhas, no Youtube;
Uma análise dos 45 dias do segundo mandato de Trump;
Dica de leitura com o melhor livro lido em 2024 pelo Cristiano Kruel.
Boa leitura!
Na corrida global pela liderança em IA surge a gigante Alibaba
Foto: Reprodução
A Alibaba entrou com força na corrida global pela inteligência artificial ao lançar seu novo modelo de IA generativa, o QwQ-32B. Com 32 bilhões de parâmetros, ele promete oferecer desempenho sofisticado semelhante ao do ChatGPT, mas com custos operacionais reduzidos.
A notícia impulsionou as ações da empresa em mais de 8% na bolsa de Hong Kong e reforça a estratégia agressiva da Alibaba, que busca eficiência operacional comparável a modelos muito maiores, como o DeepSeek R1, de 671 bilhões de parâmetros.
O lançamento acontece em um momento estratégico para a China, que tem investido fortemente em IA, robótica e redes 6G. O governo chinês apoia iniciativas como a do Alibaba e da DeepSeek, permitindo que suas gigantes tecnológicas rivalizem com empresas ocidentais como a OpenAI. Além disso, a Alibaba aposta na acessibilidade ao disponibilizar seu modelo via chatbot Qwen Chat, permitindo que usuários escolham entre diferentes variantes para equilibrar custo e desempenho.
“O anúncio dos novos modelos da Alibaba mostram que a disputa pelo liderança da IA é multifacetada e vai muito além de uma disputa USA vs. China. A competição também ocorre dentro dos países (Alibaba vs. DeepSeek), entre Bitgtechs insurgentes e Startups incumbentes, e também entre modelos proprietários e modelos mais abertos”, analisa Cristiano Kruel, CIO da StartSe.
Enquanto isso, a startup chinesa Monica lançou o Manus, um agente de IA altamente autônomo, que pode transformar diversos setores ao automatizar tarefas complexas. Com grande interesse do público, o modelo já superou 280 mil visualizações em sua demonstração.
Por que importa?
"Apesar dos esforço de tentarmos avaliar qual modelo de IA é melhor que outro, esta vai se tornando um desafio cada vez mais impossível. Assim como não conseguimos dizer quem é o ser humanos mais inteligente, os modelos podem ser avaliados de tantas maneiras que perdem e ganham dependendo o critério. O que os chineses estão conseguindo mostrar é que podem ser inteligentes custando pouco”, conclui Kruel.
O segundo mandato de Donald Trump começou movimentado e as big techs estão sentindo os efeitos. De investimentos bilionários à flexibilização regulatória, CEOs das maiores empresas do mundo precisaram se adaptar rapidamente às novas diretrizes da Casa Branca.
Separei em tópicos o que aconteceu de mais relevante:
🔹 Projeto Stargate: Trump anunciou uma parceria entre OpenAI, SoftBank e Oracle para investir até US$ 500 bilhões em infraestrutura de IA nos EUA até 2029, com a construção de 20 centros de dados.
🔹 Apple investe US$ 500 bilhões: Para reduzir a dependência da China, a gigante da tecnologia anunciou fábricas e infraestrutura no país, além da criação de 20 mil empregos.
🔹 Tesla sob pressão: As vendas na Europa despencaram 45%, reflexo do boicote de consumidores ao apoio de Elon Musk a Trump. Nos EUA, protestos atingem lojas e fábricas da montadora.
🔹 Meta e US$ 200 bilhões em IA: A empresa aposta pesado em supercomputadores e data centers, reforçando sua posição no setor de inteligência artificial.
🔹 US$ 100 bilhões da TSMC nos EUA: A fabricante taiwanesa de chips expande sua presença americana, impulsionada pela disputa geopolítica com China e União Europeia.
🔹 Regulamentação de IA afrouxada: Trump revogou restrições, acelerando o desenvolvimento da tecnologia e reduzindo custos para as big techs.
🔹 Big Techs alinhadas: Apple, Meta, Google e Amazon adotam posturas mais favoráveis ao governo, revisando políticas internas, especialmente em diversidade e inclusão.
🔹 Mudanças na moderação de conteúdo: A Meta pode flexibilizar regras para se alinhar ao modelo do X (ex-Twitter), de Elon Musk.
🔹 O futuro do TikTok nos EUA: Trump deu 75 dias para que uma empresa americana assuma 51% do controle da plataforma, evitando seu banimento definitivo.
💡 Efeito global: Enquanto os EUA atraem investimentos, a Europa respondeu com um pacote de US$ 309 bilhões para IA, e a China acelera o lançamento de novas tecnologias.
Um fato é inegável nesses primeiros 45 dias de Trump 2: as "7 Magníficas" (Apple, Microsoft, Amazon, Google, Meta, Nvidia e Tesla) nunca estiveram tão no centro da política mundial. O impacto disso? Pode ser uma era de ouro para inovação – ou um campo minado regulatório. Acompanhe as minhas leituras de cenários e análises diárias clicando no botão abaixo:
Depois da dica de leitura do Amit Eisler, semana passada, voltamos com um livro indicado pelo Cristiano Kruel.
Este foi o meu melhor livro de 2024.
Ele é exótico, um mix de ficção e realidade, e nos intriga contando a história de um dos maiores gênios dos últimos tempos: John Von Neuman.
Ele “criou o computador moderno, estabeleceu os fundamentos matemáticos da mecânica quântica, escreveu as equações para a implosão da bomba atômica, fundou a Teoria dos Jogos e da Economia Comportamental, anunciou a chegada da vida digital, das máquinas autorreprodutivas, da inteligência artificial e da singularidade tecnológica”. Morreu aos 54 anos, mas suas ideias e criações ainda nos assombram.
Alguns recortes que fiz:
(UM ALIENÍGENA) “Ele foi o ser humano mais inteligente do século 20. Um alienígena entre nós… Existem dois tipos de pessoas no mundo: Jancsi Von Neumann e o resto de nós. A maioria dos matemáticos prova o que consegue. Von Neumann prova o que quer.”
(MÁQUINAS QUE PENSAM) “Perguntaram a Von Neumann o que seria necessário para que um computador, ou outra entidade mecânica, começasse a pensar e se comportar como um ser humano. Ele demorou muito antes de responder, em um tom quase sussurrado. Disse que teria que crescer, não ser construído.”
(SOBRE O TROCADILHO DO NOME DO LIVRO) “O MANIAC (Mathematical Analyzer, Numerical Integrator, and Computer) foi um dos primeiros computadores eletrônicos de propósito geral, desenvolvido em 1952 no Los Alamos National Laboratory, nos Estados Unidos. Ele foi projetado por uma equipe liderada por Nicholas Metropolis, com base na arquitetura de John von Neumann.
Diz aí: o que você achou da edição Radar de Sinais de hoje?
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